Entre 21 e 23 de Agosto, o São Paulo Expo Exhibition & Convention Center recebeu a feira High Design – Home & Office Expo, feira de negócios focada em soluções para projetos de arquitetura e design de interiores, residenciais e corporativos. Evento âncora do DW! São Paulo Design Weekend, reuniu mais de 120 expositores da indústria de móveis, luminárias, decoração etc.
Mas afinal, o que é o PVC e como se relaciona com mercado da feira?
Nos materiais do Instituto Brasileiro do PVC, disponíveis na Ilha ASPEC-PVC, explica-se que o PVC é um plástico de características únicas. Sua principal matéria-prima é o sal marinho (recurso natural inesgotável), e transformado em cloro, ele se junta ao eteno para compor a fórmula do PVC. Essa combinação permite algo surpreendente: o uso de aditivos que oferecem as mais diversas possibilidades ao material que tem alta durabilidade, é 100% reciclável e tem ótima relação custo-benefício. A versatilidade do PVC o torna uma alternativa atrativa em muitos mercados, podendo substituir materiais como alumínio, borracha, cobre, alvenaria, cerâmica, vidro ou madeira.
Conversamos com Claudia Tsukamoto, Assessora Técnica do Instituto Brasileiro do PVC e ela nos deu seu depoimento sobre a participação na feira:
É a estreia do Instituto e da ASPEC na High Design e o público aqui é diferente do que estamos acostumados em feiras como Revestir e FESQUA. Achei muito interessante esse formato que a ASPEC conseguiu de trazer os associados para expor seus produtos, espero que isso nos ajude a alavancar o mercado de esquadrias de PVC, já que aqui no Brasil ainda é muito menos utilizado do que na Europa. Para algumas pessoas o PVC é material usado em tubos e conexões. Por isso é importante participar de feiras como a High Design, onde as pessoas ficam curiosas e nós temos a oportunidade de explicar que não estamos falando da mesma coisa, que existem diferenças. É comum acharem que o PVC vai amarelar por conta do sol, ou que não é resistente e ladrões vão conseguir abrir a janela mais facilmente, etc. Nós temos que divulgar, ensinar as pessoas, mostrar os benefícios do produto e a partir desse conhecimento, a partir do momento que os profissionais e os arquitetos que especificam os produtos para uma obra tomarem o conhecimento de todas essas vantagens e qualidade, as janelas e portas de PVC vão ser cada vez mais utilizadas e o preço também vai diminuir.
Edir Junior, Gerente Comercial da Claris Tigre, falou sobre a importância da ASPEC-PVC:
A associação com a ASPEC para nós é importante por nos ajudar nas questões técnicas junto a relevância do PVC no setor. Conseguimos representatividade e também uma melhora na construção da imagem do PVC perante arquiteto e consumidor, que por mais que já tenha vários anos de existência, ainda é um produto desconhecido.
Já o Prof. Fernando Simon Westphal, engenheiro da Cebrace e membro da comissão de revisão da norma de Etiqueta de Conforto Térmico de Esquadrias fez um depoimento sobre PVC:
A área de esquadrias está evoluindo bastante na questão de eficiência energética, um dos precursores é a indústria do PVC, que tem uma esquadria, um tipo de perfil já consagrado com melhor desempenho de estanqueidade, isolamento acústico e térmico, e isso acaba provocando os outros setores de outros materiais a correr atrás. A etiqueta de esquadrias de desempenho térmico dá um foco maior no vidro, que é o principal componente de troca de calor, mas o perfil entra como um diferencial, o plus.
A ASPEC-PVC e seus associados Claris Tigre, Veka, Lechler e Deceuninck distribuem conhecimento aos profissionais arquitetos, construtores, engenheiros e até mesmo o cliente final sobre as qualidades e benefícios do PVC. A intenção é continuar participando de eventos diferenciados para espalhar ainda mais este conhecimento.
Finalizando o ARQ+ Smart Construction de 2019
Como dissemos no post anterior, todos os dias o espaço da ARQ+ Smart Construction para os Talks é mediado por Fernando Mungioli e neste terceiro e último dia de evento, destaque para dois Talks. O primeiro para quem abriu o dia, os Eng. Raquel Rocha, Eng. Juan Frias e o Arq. Marcos Holtz para falar sobre Conforto que se vê: as possibilidades criativas nos projetos de acústica residencial, corporativo e de grandes obras. Eles chamaram atenção para o problema que é o Brasil ser carente de normas acústicas, isso faz com que conforto acústico seja sempre deixado para o segundo plano. Muitas vezes os clientes não querem pensar em soluções acústicas por acharem que elas são “feias” para os espaços, mas hoje em dia existem muitas soluções estéticas para o conforto acústico, um exemplo que tem ganhado atenção no mercado são as nuvens, mas tem que saber distribuí-las nos locais escolhidos, não adianta ter um espaço de grande volume com apenas 2 nuvens. Fernando Mungioli levantou a dúvida sobre como ficam os créditos para salas de concerto que necessitam de projetos acústicos muitas vezes incrivelmente trabalhosos, mas quem assina no final é sempre o arquiteto, e prontamente a resposta foi de que o arquiteto é quem reúne todos os profissionais e pensa em todo o resto do projeto, ele é o maestro que transforma o projeto em uma obra de arte, então é ele quem deve ter o crédito final. Para este tipo de especialização existem pouquíssimos profissionais e geralmente eles percorrem o mundo todo. No Museu do Amanhã, existe uma sala ovo e o acústico teve que se virar para fazer funcionar, já que o desafio é dobrado quando o projeto já tem uma marca estética forte. Existe também um auditório na Paulista que foi feito para tocar piano e ao mesmo tempo ser um cinema, a solução foi fazer o revestimento mudar conforme o que será usado na sala aquele momento, mas isso é algo que precisa ser pensado no início do projeto.
Falando sobre Tecnologia, a Eng. Maria Angélica Covelo Silva conversou sobre O papel das esquadrias no desempenho da edificação. As esquadrias precisam resistir a manuseio, ventos etc. Precisam ter desempenho naquilo que afeta a saúde dos usuários, possuir estanqueidade, uma vez que esquadrias assobiantes tornam seu ambiente gelado. O termo conforo quando falamos de esquadrias tem subjetividade, cada um o sente de forma diferente, o que pode ser assegurado é a qualidade em nível de engenharia. Durabilidade é um aspecto importante na hora de pensar na esquadria. Hoje temos ensaios de qualidade, mas ainda lutamos contra a falta de conhecimento dos materiais, muitas vezes quem tá especificando e fabricando não têm noção. É preciso acabar com a história de “desempenho equivalente” ou “similar”. As características sim são comparáveis, em termos de “este aqui atende o que eu necessito”, etc. A Norma de desempenho não estabelece critérios diferentes para diferentes soluções. O mercado ainda tem pouca consciência do que é válido para o cliente. Boas esquadrias são super importantes, por mais que o cliente não perceba a presença delas. O cliente final precisa ser educado para saber questionar o que está comprando.
Para fotos e mais detalhes, confira os stories destacados sobre a feira no nosso Instagram: @aspec_pvc.
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